Sobre a Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau é um país localizado na costa ocidental de África, estendendo-se, no litoral, desde o Cabo Roxo até a ponta Cagete. Faz fronteira, a norte, com o Senegal, a este e sudeste com a Guiné e a sul e oeste com o Oceano Atlântico. Além do território continental, o país integra ainda cerca de oitenta ilhas que constituem o arquipélago dos Bijagós, separado do Continente pelos canais do rio Geba, Pedro Álvares, Bolama e Canhabaque.

AMILCAR CABRAL



Amílcar Lopes Cabral (Bafatá, Guiné-Bissau, 12 de Setembro de 1924 — Conacri, 20 de janeiro de 1973) foi um político da Guiné-Bissau e de Cabo Verde[1]
Filho de Juvenal Lopes Cabral (cabo-verdiano[1]) e de Dona Iva Pinhel Évora (guineense[1]), aos oito anos de idade, sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Satiago), que passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o ensino primário. De seguida mudou com a Mãe os irmãos para Mindelo, são Vicente onde veio a terminar o curso liceal em 1943. No ano seguinte, mudou-se para a cidade de Praia, na ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional, mas só por um ano, pois tendo conseguido uma bolsa de estudos, no ano de 1945 ingressou no Instituto Superior de Agronomia[1], em Lisboa. Após graduar-se em 1950, trabalhou por dois anos na Estação Agronómica de Santarém.

Contratado pelo Ministério do Ultramar como adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952. Iniciou seu trabalho na granja experimental de Pessube percorrendo grande parte do país, de porta em porta, durante o Recenseamento Agrícola de 1953 adquirindo um conhecimento profundo da realidade social vigente. Suas atividades políticas, iniciadas já em Portugal, reservam-lhe a antipatia do Governador da colônia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola. Nesse país, une-se ao MPLA[1].

Em 1970, Amílcar Cabral, fazendo-se acompanhar de Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, é recebido pelo Papa Paulo VI[2] em audiência privada. Em 21 de novembro do mesmo ano, o Governador português da Guiné-Bissau determina o início da Operação Mar Verde, com a finalidade de capturar ou mesmo eliminar os líderes do PAIGC, então aquartelados em Conacri. A operação não teve sucesso.Em 1959, Amílcar Cabral, juntamente com Aristides Pereira, seu irmão Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, funda o partido clandestino Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conacri, capital da República de Guiné-Cronacri. Em 23 de janeiro de 1963 tem início a luta armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné-Bissau, a partir de bases na Guiné-Conacri.

Em 20 de janeiro de 1973, Amílcar Cabral é assassinado em Conacri, por dois membros de seu próprio partido. Amílcar Cabral profetizara seu fim, ao afirmar: "Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios." Aristides Pereira, substituiu-o na chefia do PAIGC. Após a morte de Cabral a luta armada se intensifica e a independência de Guiné-Bissau é proclamada unilateralmente em 24 de Setembro de 1973. Seu meio-irmão, Luís de Almeida Cabral[3], é nomeado o primeiro presidente do país.

João Bernardo Vieira

João Bernardo Vieira, mais conhecido por Nino Vieira ou Kabi Nafantchamna, (Bissau, 27 de abril de 1939 — Bissau, 2 de março de 2009) foi um político da Guiné-Bissau, por três vezes presidente da República da Guiné-Bissau.

Malam Bacai Sanhá



Malam Bacai Sanhá
(Darsalam, (Empada, Quinara)[1], 5 de maio de 1947[2][3]) é um político de Guiné Bissau, que atuou como presidente de seu país de 14 de maio de 1999 a 17 de fevereiro de 2000 e reeleito em 28 de junho
de 2009. Anteriormente foi o presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau de 1994 a 1999. Sanhá venceu as eleições presidenciais de 2009 pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Hino


Com uma área de 36 126 km², o país é maior que a Bélgica, Taiwan, Haiti ou mesmo os estados brasileiros de Alagoas e Sergipe.

O país estende-se por uma área de baixa altitude. O seu ponto mais elevado está 300 metros acima do nível do mar. O interior é formado por savanas e o litoral por uma planície pantanosa. O período chuvoso alterna com um período de seca, com ventos quentes vindos do deserto do Sahara. O arquipélago dos Bijagós situa-se a pouca distância da costa.

Ex Colónia Portuguesa



 

Colónia de Portugal desde o sec XV

Foi uma colónia de Portugal, desde o século XV até à sua independência em 1974. O primeiro navegador e explorador português a chegar à Guiné-Bissau foi Álvaro Fernandes em 1446. A vila de Bissau foi fundada em 1697, como fortificação militar e entreposto de tráfico negreiro, que mais tarde viria a ser elevada a cidade, e a capital da Guiné-Bissau após sua independência. Faz parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), Nações Unidas, PALOP e União Africana.
 
 

Império Mali




Antigo Império do Mali


O território do que hoje é conhecido como Guiné Bissau fazia parte do lendário império Mali (1230 a 1600), espaço de vida rica e suntuosa que se estendeu por grande parte da África Ocidental, sendo importante centro comercial e político. Ali conviviam os povos balantas, fulas e mandingas, entre outros. Mas, tal e qual as gentes da América Latina eles também acabaram sendo invadidos pelos portugueses que, em 1558, fundaram a primeira vila de colonizadores na região. Esse aglomerado existia basicamente com o interesse de capturar pessoas para serem vendidas como escravas. Com o passar do tempo, como o comércio de escravos passou a ser extremamente lucrativo, também a França e a Inglaterra começaram a disputar o território e a Guiné só ficou oficialmente como colônia de Portugal quando em 1880 as potências européias esquadrinharam um mapa colonial no território africano, fazendo a repartição de terras que tanto mal tem causado ao continente.

O irmão de Amílcar Cabral, Luís de Almeida Cabral, foi empossado como o primeiro presidente da República da Guiné-Bissau. Instituiu-se um governo de partido único de orientação marxista controlado pelo PAIGC e favorável à fusão com a também ex-colónia de Cabo Verde. O governo de Luís Cabral enfrentou sérias dificuldades que chegaram a provocar a escassez de alimentos no país. Luís Cabral foi deposto em 1980 por um golpe militar liderado pelo general João Bernardo Vieira, chefe de altos quadros do PAIGC. Com o golpe, a ala cabo-verdiana do PAIGC se separa da ala guineense do partido, o que faz malograr o plano de fusão política entre Guiné-Bissau e Cabo Verde. Ambos os países romperam relações, que somente seriam reatadas em 1982.



O país foi controlado por um conselho revolucionário até 1984, ano em que Guiné-Bissau ganhou sua actual Constituição. Nesse período, todas as alas de extrema-esquerda do PAIGC foram dissolvidas.

A transição democrática iniciou-se em 1990. Em maio de 1991, o PAIGC deixou de ser o partido único com a adoção do pluripartidarismo. As primeiras eleições multipartidárias tiveram lugar em 1994. Na ocasião, o PAIGC obteve maioria na Assembléia Nacional Popular e João Bernardo Vieira foi eleito presidente da República.

A Guiné-Bissau foi em tempos o reino de Gabu, parte do Império do Mali, e partes do reino sobreviveram até ao século XVIII. Os rios da Guiné e as ilhas de Cabo Verde estiveram dentre as primeiras regiões da África a serem exploradas pelos portugueses.

Danças

Os dias 19, 20 e 21 de setembro serão marcados na UFSC por uma série de atividades em comemoração ao 38 aniversário da independência de Guiné Bissau, país ocidental da costa da África. Durante esses três dias acontecem debates, conferências, projeção de filme e festa, tudo promovido por estudantes da Guiné Bissau que estão no Brasil.

O território do que hoje é conhecido como Guiné Bissau fazia parte do lendário império Mali (1230 a 1600), espaço de vida rica e suntuosa que se estendeu por grande parte da África Ocidental, sendo importante centro comercial e político. Ali conviviam os povos balantas, fulas e mandingas, entre outros. Mas, tal e qual as gentes da América Latina eles também acabaram sendo invadidos pelos portugueses que, em 1558, fundaram a primeira vila de colonizadores na região. Esse aglomerado existia basicamente com o interesse de capturar pessoas para serem vendidas como escravas. Com o passar do tempo, como o comércio de escravos passou a ser extremamente lucrativo, também a França e a Inglaterra começaram a disputar o território e a Guiné só ficou oficialmente como colônia de Portugal quando em 1880 as potências européias esquadrinharam um mapa colonial no território africano, fazendo a repartição de terras que tanto mal tem causado ao continente.



Quando no final do século 19 os ingleses decidem que não haveria mais tráfico de escravos, a colônia portuguesa volta-se para a agricultura e vai invadindo também o interior do país, vencendo as resistências na ponta do fuzil. Imperava a miséria, o trabalho forçado e a opressão, mas nunca sem luta. A resistência só começou a se fortalecer nos ano 50 sob a liderança do grande Amílcar Cabral, um dos fundadores do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. A luta era para se dar no campo institucional, mas quando uma greve de estivadores acabou em massacre no ano de 1959, o PAIGC decidiu aderir à luta armada contra o regime de Portugal. Aquele era um tempo de efervescência no mundo e com a ajuda substancial de Cuba a Guiné declara sua independência de forma unilateral em 1973. Amilcar Cabral já tinha sido assassinado, mas o povo se mantinha em luta. Finalmente, também Portugal vive sua hora histórica com a Revolução dos Cravos em 1974 e, assim, o novo governo reconhece a independência da antiga colônia.

Em 1980, quando a Assembléia Nacional aprovava uma nova Constituição e deliberava pela unificação com a vizinha Cabo Verde, o antigo comandante das forças armadas, Nino Vieira dá um golpe, derrota Luis Cabral (irmão de Amilcar), suspende a Constituição e instala um Conselho da Revolução, o qual encabeça, vindo a desvirtuar bastante todo o ideário que conduziu à libertação. Nino governa como chefe do Conselho até 1989 quando então começa uma abertura no regime permitindo novos partidos e sindicatos. Em 1994 ele se elege presidente nas primeiras eleições gerais, mas em 1998 é derrubado por um novo golpe de estado que mergulha o país numa guerra civil. Vários dirigentes se sucedem, assim como também novos golpes, mortes e atrocidades, até que Nino Vieira volta à presidência em 2005. Em 2009, depois do assassinato de um desafeto político, Nino Vieira também é assassinado dentro do palácio presidencial. De novo, o país fica a mercê da violência.
Meses depois acontecem novas eleições vencidas por Malam Bacai Sanhá que governa num clima de muita intranqüilidade, sem conseguir vencer a endêmica pobreza a qual o povo da Guiné estava e está submetido. A instabilidade segue bastante grande e tanto que em abril de 2010, uma nova tentativa de golpe aconteceu, mas sem sucesso.
Hoje a Guiné Bissau está entre os 20 países mais pobres do mundo e depende apenas de sua agricultura e da pesca. Recebe ajuda do FMI e segue o seu receituário, tanto que em 2010 o país cresceu 3,5%, alavancado pelo excelente preço da castanha de caju. Também produz petróleo, o que pode ser sua salvação e sua ruína.
Mas, a maior riqueza do país é, sem dúvida, o seu povo, que mantém vivo o sonho de um país livre das dificuldades e se expressa numa rica cultura musical e também no originalíssimo carnaval. Apesar de uma história de guerra e tragédias, a alegria é um motor que move a gente da Guiné Bissau no rumo de uma verdadeira libertação.



O irmão de Amílcar Cabral, Luís de Almeida Cabral, foi empossado como o primeiro presidente da República da Guiné-Bissau. Instituiu-se um governo de partido único de orientação marxista controlado pelo PAIGC e favorável à fusão com a também ex-colónia de Cabo Verde. O governo de Luís Cabral enfrentou sérias dificuldades que chegaram a provocar a escassez de alimentos no país. Luís Cabral foi deposto em 1980 por um golpe militar liderado pelo general João Bernardo Vieira, chefe de altos quadros do PAIGC. Com o golpe, a ala cabo-verdiana do PAIGC se separa da ala guineense do partido, o que faz malograr o plano de fusão política entre Guiné-Bissau e Cabo Verde. Ambos os países romperam relações, que somente seriam reatadas em 1982.
O país foi controlado por um conselho revolucionário até 1984, ano em que Guiné-Bissau ganhou sua actual Constituição. Nesse período, todas as alas de extrema-esquerda do PAIGC foram dissolvidas.
A transição democrática iniciou-se em 1990. Em maio de 1991, o PAIGC deixou de ser o partido único com a adoção do pluripartidarismo. As primeiras eleições multipartidárias tiveram lugar em 1994. Na ocasião, o PAIGC obteve maioria na Assembléia Nacional Popular e João Bernardo Vieira foi eleito presidente da República.
A Guiné-Bissau foi em tempos o reino de Gabu, parte do Império do Mali, e partes do reino sobreviveram até ao século XVIII. Os rios da Guiné e as ilhas de Cabo Verde estiveram dentre as primeiras regiões da África a serem exploradas pelos portugueses.

Guerra civil e instabilidade política
Uma insurreição militar em junho de 1998, liderada pelo general Ansumane Mané, levou à deposição do presidente Vieira e a uma sangrenta guerra civil. Mais de 3 mil estrangeiros fogem do país. O conflito somente se encerrou em maio de 1999, quando Ansumane Mané entregou a presidência provisória do país ao líder do PAICG, Malam Bacai Sanhá, que convocou eleições gerais.
Em 2000 realizaram-se as eleições e Kumba Yalá, do Partido da Renovação Social (PRS), foi eleito, derrotando Sanhá com 72% dos votos. Yalá formou um governo de coalizão entre o PRS e a Resistência da Guiné-Bissau/Movimento Bafatá. Em novembro de 2000 Ansumane Mané foi morto por tropas oficiais em uma fracassada tentativa de golpe.

Em setembro de 2003 teve lugar um novo golpe encabeçado pelo general Veríssimo Correia Seabra, durante o qual os militares prenderam Kumba Yalá por ser "incapaz de resolver os problemas" do país. Henrique Rosa foi colocado como presidente provisório até novas eleições. Em março de 2004 o PAIGC venceu as eleições na Assembléia Nacional ficando com 45 das 100 cadeiras em disputa. O PRS, segundo mais votado, obteve 35 cadeiras. O líder do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, foi indicado como primeiro-ministro.
Em outubro de 2005 João Bernardo Vieira foi releito ao cargo do Presidente da Guiné-Bissau.

Fauna da Guiné



  



 


Os morcegos são um dos grupos de vertebrados ecologicamente mais diversos, sendo considerados como peças fundamentais na manutenção dos processos ecológicos em meio florestal. Muita  desta importância está associada à elevada diversidade de comportamentos tráficos, particularmente nos trópicos, onde muitas destas espécies desempenham funções de polinizadores e dispersares de sementes, enquanto outras são vorazes predadoras de insectos Algumas características da sua biologia - longevidade, germanismo e baixa taxa reprodutora - em conjunto com alguma especialização na selecção do habitat, tornam este grupo particularmente sensível. São assim frequentemente afectados por factores como a degradação de habitats de alimentação, destruição de abrigos ou o envenenamento por pesticidas. Apesar da sua reconhecida importância ecológica e sensibilidade, este é um dos grupos de vertebrados menos conhecidos em África.